Ainda a propósito do post anterior, há pessoas que se tornam essenciais, não porque sejam brilhantes ou prestáveis, mas porque embrulham de tal modo o seu trabalho que mais ninguém consegue pegar nele.
E dizia uma colega minha, zangada com a vida, "é preciso saber viver".
Eu não sei se sei viver. Mas sei qual é o meu lugar no mundo e acho que é essa consciência que vai fazendo a diferença.
Eu sempre fui medrosa no que toca à aventura física. Posso afirmar que ninguém me verá a escalar montanhas, a atravessar oceanos em casquinhas de noz ou, simplesmente, a subir a árvores ou a saltar algum muro. No entanto, o meu medo fica por aqui - naquele plano físico que pode magoar este belo corpinho.
No que toca a viver a vida, não tenho tempo para medos. Nem posso admitir deixar de viver algo por medo de me enganar ou de me desiludir. Por isso é que muitas vezes me engano e desiludo, é certo. Mas o mundo é bonito demais e está cheio de pessoas tão valiosas que vale bem a pena arriscar, acreditar, amar e agradecer sempre o privilégio de viver!
E quanto mais nos embrenhamos nesta fé nos outros, no Universo e todas as suas Energias, melhor as coisas correm e melhores pessoas se cruzam no nosso caminho. É que neste campo, os opostos não se atraem... funciona precisamente ao contrário!
Hoje, depois de almoçar com um grande amigo dei comigo a pensar que uma das melhores coisas que temos na vida é a possibilidade de escolha. Nós podemos escolher! E, à excepção da família, podemos escolher tudo, inclusivé os amigos. E foi isso que acabei de fazer: ESCOLHI, escolhi apagar um determinado perfil da minha lista de amigos do facebook. É que eu gosto pouco de ter qualquer relação, por mais superficial que seja, com quem pouco ou nada tem a ver com integridade e lealdade. Não é nada pessoal, é uma questão de (boa) formação.
(quem sabe que outras escolhas me esperam...)
Enquanto descascava a laranja da manhã lembrei-me de uma frase que disse ontem a uma colega minha, durante o almoço, acerca de certas mudanças que algumas pessoas revelam.
Decorre da minha experiência pessoal que, ao contrário do que se possa pensar, só se conhece verdadeiramente o carácter de uma pessoa quando ela conhece o sucesso. Ela não se revela quando vive dificuldades ou quando enfrenta os problemas – aí apenas mostra o seu instinto de sobrevivência. O seu carácter revela-se, sim, quando, ultrapassados os tempos conturbados, experimenta reconhecimento e o poder. Aí, meus amigos, é que se conhece o espécimen.
No entanto, esta não é a única conclusão ou ensinamento que já retirei de mais de 30 anos de vivência. Estou aqui a lembrar-me de outra lição, que não partilhei ontem, não fosse tocar nalgum ponto sensível. Estou firmemente convicta que verdadeiro amigo não é aquele que está connosco quando temos algum problema, pois como diz o outro, "com os problemas dos outros posso eu bem", mas sim aquele que se alegra verdadeiramente quando nos acontece algo de bom e que faz questão de partilhar a nossa felicidade.
E assim termina o primeiro momento assumidamente filosófico deste blog. Obrigado.
. Escolha
. A não perder
. Não caso
Todas as fotos tiradas da net, estão devidamente identificadas (desculpem, mas nem sempre consigo perceber quem é o respectivo fotógrafo).
Os textos que não forem da minha autoria, também serão devidamente identificados.