Preocupados porque o seu filho de 2 meses não comia decentemente há uma semana, os pais decidiram levar o rebento à pediatra uma semana depois da consulta de rotina dos 2 meses.
A pediatra lá os recebeu no fim das consultas para descobrir a causa daquele fastio e avaliar os "estragos" causados pela referida dieta forçada.
Qual não foi o espanto de todos (à excepção do catraio) quando se concluiu que, apesar da pouca comida ingerida, o puto engordou 560 gramas, pesando, desta forma, no dia em que fazia 2 meses e uma semana, 7,220 Kg.
Este bebé chama-se Duarte e os papás somos nós.
Faz hoje três semanas que estou a viver um novo amor. Diferente de todos os amores que já experimentei. E olhem que sempre fui abençoada no que respeita ao amor...
... sou filha única e tardia, logo, bastante desejada...
... sempre tive amigos carinhosos e protectores...
... encontrei, após bastantes cabeçadas, um companheiro que me faz muito feliz.
Agora, o que eu nunca tinha sentido (e compreendido) é o amor que se sente por um filho.
Sem querer cair em lugares comuns e lamechas, posso dizer que, para além de crescer a cada minuto que passa, é um amor que não cabe no peito. É isso mesmo. Não é possível restringi-lo ao nosso corpo - é fisicamente impossível. Antes, transborda e nos envolve como uma aura, como uma luz intensa e poderosa.
Porque nasceste, Duarte, vivo um Amor Maior.
Porque nasceste, Duarte, encontro-me mais perto de Deus.
(foto sacada da net)
Parabéns meu amor.
Quem me é próximo sabe que perdi o meu pai há muito pouco tempo. Porém, posso afirmar-vos, desde já, que não só me estou a restabelecer da tempestade que tenho estado a viver, como já me sinto capaz de vos brindar com as inúmeras pérolas do meu quotidiano ou, simplesmente, com a minha companhia, ainda que virtual.
E nesta primeira abordagem pós-tempestade (se não contarmos com o post anterior – justa comemoração de mais uma vitória!) pretendo apenas informar a comunidade em geral que estou rodeada de gente doida!
E não preciso de ir muito longe, nem no tempo, nem no espaço, para demonstrar o que afirmo. Com efeito, mesmo na altura mais conturbada da minha existência, o Universo não permitiu que apenas houvesse lugar a lágrimas. Não, senhor! Ofereceu-me uma panóplia de cenas caricatas, logo ali, no velório do meu pai e mais tarde, nos dias que se seguiram.
Começo por destacar a presença de uma colega minha no velório. Tal presença não teria nada de invulgar não fosse o facto dessa minha colega se ter feito acompanhar pela mãe – uma cota toda enxuta, com um decote de cortar a respiração digno de uma belíssima noite no Casino, que eu nunca vi mais gorda. E como se não bastasse o já despropositado da situação, acrescento que a dita senhora, não só monopolizou as atenções como pôs toda a gente a rir às gargalhadas com as inúmeras peripécias da sua (já longa) vida.
Mas esta colega não foi a única a levar acompanhantes ao velório/funeral do meu pai. Outra colega – aquela que eu já desisti de aturar – também foi em passeio, com a porteira do prédio dela e a filha, ao funeral do meu pai, assim como quem vai à beira-mar comer um gelado.
Resta acrescentar que dias mais tarde, já estava eu a trabalhar quando outra minha colega (aquela que achava que eu andava muita escura) se vira para mim, muito séria, e diz:
Colega - Bom Lourencinha, acho que está na hora de deixares isto.
Eu – Isto o quê? – ainda perguntei.
Colega – O teu trabalho. Isto não é para ti. Agora tens outras responsabilidades. Tens um património para gerir e isso não se faz em part-time.
E foi aqui que fiquei completamente boquiaberta!
Realmente, tanto a minha família como eu devemos ter muito bom aspecto. Ou então temos uma queda brutal para atrair tontinhos. De uma forma ou de outra, o que nunca imaginei é que nos equiparassem a Champalimauds e afins. Mas alguém acha que se eu fosse uma riquíssima herdeira me levantava todos os dias às 6:30 da manhã? Mesmo adorando o meu trabalho...
Começo a ter medo destes maluquinhos todos.
Quem me conhece sabe que não levo desaforos para casa, nem admito faltas de respeito, não importa de quem venham.
Eu estou sempre disponível, tenho a maior das boas vontades, mas gosto pouco que me sobrecarreguem desnecessariamente ou que tenham o meu apoio por garantido. E perante irresponsabilidades perco logo a vontade de estar ali para o que der e vier.
Já cometi muitos erros e sei que ainda farei muitas asneiras, mas tal como muito boa gente, tenho noção das minhas limitações e do meu dever de crescer e evoluir, de preferência sem dar muito trabalho aos outros. Esse é um compromisso assumido!
Gostaria de receber essa atenção das outras pessoas.
Acho que não estou a pedir muito.
De regresso, sobrevivente de mais um Natal, de boa saúde, sem ter aumentado de peso e com a certeza que a minha vida familiar dava uma telenovela venezuelana daquelas mais rascas, com brasileiras oportunistas e filhos ingratos à mistura. Este será um tema que não vou desenvolver aqui. Estou a preparar um escrito para apresentar na TVI. Com toda a certeza será o melhor guião de 2009.
Quanto ao espírito natalício, que é o que realmente importa, consegui vivê-lo, apesar de tudo... nada é impossível quando há amor verdadeiro e nobreza de espírito. Sim, leram bem, que isto de falsas modéstias é pura hipocrisia!
(Como já deu para reparar, estou a ferver. Apetece-me imenso dar um pontapé no rabo de algumas pessoas)
. Amazing
. 3 anos
. Balanço
. Desabafo
. Back
. A não perder
. Não caso
Todas as fotos tiradas da net, estão devidamente identificadas (desculpem, mas nem sempre consigo perceber quem é o respectivo fotógrafo).
Os textos que não forem da minha autoria, também serão devidamente identificados.