(sacada da net, evidentemente)
Estou de férias e, como tal, pouco ou nada escrevo para além de umas actualizaçõezinhas no facebook (coisa que só alguns leitores podem acompanhar...).
No entanto, ao quarto dia de descanso, penso que é oportuno partilhar o seguinte:
O que é que eu (e o meu excelso esposo) ouvi, logo pelas 8:30 da madrugada de segunda-feira (primeiro dia de férias, estão a ver?!), hum? Conseguem adivinhar? Não? Eu dou uma ajudinha. Um martelo pneumático! Daqueles que fazem um cagaçal de tal ordem que tive de pedir asilo político à minha progenitora, não fosse eu ficar com uma macacoa crónica.
Claro que posso ser adulta e razoável (já vai sendo tempo, dirão alguns) e reconhecer que todos temos direito a fazer obras em casa e desde que se respeitem os horários de descanso dos demais, blá, blá, blá, mais vale agora do que daqui a um mês, blá, blá, blá, mas PORR@, logo no primeiro dia de férias????????? Chiça penico, sem querer parecer paranóica, parece provocação!
Apercebi-me agora que nunca cheguei a contar as peripécias que vivi graças à contratação de uma empresa de instalação de ar condicionado sugerida pelo Media Markt.
A coisa não correu bem desde o início. Em primeiro lugar, a senhora que me atendeu sempre o telefone tinha aquela voz de cana rachada, típica das recepcionistas dos consultórios médicos dos anos 80.
Em segundo lugar, a dita senhora adoptou permanentemente um tom de desprezo em todas as comunicações que trocámos, só porque percebeu que eu (imagine-se!) não percebia nada de instalação de ares condicionados, nem sabia o que eram “roços”.
Lá me enviaram um técnico para fazer um diagnóstico da instalação e indicar aos pedreiros, que estavam a fazer as obras em minha casa, onde deviam abrir os roços (agora já sei o que são – aposto que já subi muitos pontos na consideração daquele gramofone daquela senhora).
Segundo esse técnico, bastaria que eu voltasse a telefonar para a dita empresa a informar que os roços já estavam abertos, para que eles fossem lá acabar a instalação.
Pois, o que se passou, afinal, foi um pouquinho diferente. Quando liguei para lá para informar que já podiam continuar o serviço, disseram-me que tinha de esperar. Esperar que me voltassem a telefonar e esperar que houvesse vaga para marcar a continuação da instalação.
E assim fiquei dois dias à espera que me ligassem. E depois de muito custo lá marcaram para o meio da semana seguinte a continuação da instalação do ar condicionado. Não sem antes me perguntar se eu queria mesmo que eles me instalassem a porr@ da máquina.
E assim, fiquei com as obras atrasadas, com paredes esburacadas, à espera daquele bonito serviço.
Finalmente chegou o dia da instalação e chegaram a minha casa dois russos, que mal falavam português, para me instalar o ar condicionado. O entendimento foi difícil, mas possível. Acabaram o seu trabalho e quando chegou a hora de pagar peço recibo. Aí o russo principal (o mais velho) diz-me que, se era para passar recibo tinha de somar ao valor da obra o valor do IVA (isto sem contar que, por coincidência, não tinha trazido o livro de recibos! Mas não havia problema, depois enviava-mo). Ora eu, peguei na folha com os valores a pagar e vi que o IVA já estava incluído. Telefonei, à frente dele, para a empresa que me garantiu que o valor que já tinha indicado incluía o IVA. Assim, paguei o valor previamente indicado e fiquei com o documento da empresa que discriminava os valores da obra.
Até agora, e depois de ter solicitado à dita empresa, ainda não recebi o recibo do que paguei... cheira-me que isto não vai ficar por aqui...
De volta das mini-férias, tiradas para fazer obras lá em casa, há que fazer o balanço, neste esforço constante de me manter com os pés bem assentes na terra.
Não será tarefa dificil ou longa, como poderão apreciar.
Balanço
1. O que está feito
Ao contrário do que eu esperava (lá está, de vez em quando, subo à estratosfera), as obras AINDA NÃO TERMINARAM. A culpa não morrerá solteira, pois bem sei que nunca devia ter contratado aquela específica empresa para me instalar o ar condicionado que comprámos para pôr no quarto novo. Mas isso será tema para um outro post, que será publicado após a conclusão total e definitiva destas obras.
2. O que há a fazer
Até lá há que manter o pensamento positivo para não começar a espingardar a torto e a direito com todos os implicados (leia-se contratados) na dita obra, não vá a coisa correr mal e ficar com uma parede esburacada por tempo indefinido.
Estou de férias, mas já estou com a cabeça em água. É que se eu tirei uns dias para fazer obras cá em casa (afinal de contas, esperamos um novo morador), todos os meus vizinhos decidiram fazer obras no mesmo dia.
Deste modo, os berbequins (ou lá o que se utiliza para partir paredes) fazem tanto cagaçal que eu mal consigo ouvir o meu pensamento.
Estou a um passo de fugir de casa...
Vou fazer sopa para ver se me abstraio...
Os canalizadores vieram arranjar o cano. O que, pelo que me foi dado a perceber, não foi nada fácil. Então é assim:
Tenho a parede do hall toda escavacada. A parede da sala tem um buraquinho para o hall. O tecto do hall jaz no chão da sala. Tudo está coberto de pó branco (e não estou a falar de droga).Tenho os sofás encostadinhos à mesa de jantar. Tenho a consola que costuma estar no hall à frente da televisão. E tenho uma terrível vontade de chorar.
Falta agora o senhor do seguro, o carpinteiro e o pedreiro, criaturas com quem ainda não tive o prazer de falar.
Tudo isto está servir, não só para amadurecer (de certeza que terá esse efeito em mim, assim que deixar de ter vontade de chorar), como também para perceber que, afinal, a minha sala tem uma óptima área, pois estando nós reduzidos a 2 terços do seu espaço, ainda assim conseguimos ter os sofás, a mesa e respectivas cadeiras, a tv e o armário das loiças reunidos na mesma divisão.
. Férias
. De volta
. A não perder
. Não caso
Todas as fotos tiradas da net, estão devidamente identificadas (desculpem, mas nem sempre consigo perceber quem é o respectivo fotógrafo).
Os textos que não forem da minha autoria, também serão devidamente identificados.