Eu sei que devia ser tolerante, mas não estou a conseguir.
Se há coisa que me irrita solenemente é uma mente “poucochinha”. Não estou a falar de gente burra, estou a falar de gente pequenina, "poucochinha", pronto.
Eu sei que é muito fácil falar dos outros, principalmente quando tivemos (e temos!) uma vidinha fácil, feliz e bem sucedida. Mas também é verdade que está sempre nas nossas mãos crescer e melhorar. E se não temos a lucidez necessária para o fazer, porque estamos cansados de levar tantos pontapés na vida, pelo menos temos obrigação de aprender as lições que o Universo nos vai dando.
A pessoa objecto desta minha frieza já tem idade para ter juízo. E, principalmente, já tem idade para ter aprendido um ror de coisas importantes, como por exemplo, o auto-respeito e o respeito pelos outros, pela sua autonomia e individualidade. Só que a pessoa de quem falo está demasiado ocupada a chamar a atenção sobre si mesma, tendo já se envolvido em determinadas campanhas sociais, apenas para que olhem para ela, lhe escrevam, lhe liguem e, mais importante, lhe agradeçam. É verdade que a solidão é uma dor terrível, mas muitas vezes as pessoas estão sozinhas porque afastam os outros, por mau feitio, por possessividade (eu sei que esta palavra não existe, ok?) ou por má formação.
A pessoa de quem falo tem uma filha que, segundo acusa diariamente, não lhe liga nenhuma. E eu, que até acho que a filha exagera um pouco no desprezo que lhe dá, não posso deixar de a compreender... é que o tal desprezo é quase uma questão de sobrevivência e de preservação da respectiva sanidade mental.
Imaginem que a senhora em questão, no dia em que a filha – mulher quase quarentona, independente - lhe comunica que vai viver junto com o namorado, se lembra de dizer, enquanto passeavam lá pelos lados da linha de Cascais, “uma colega minha está a pagar um balúrdio para que o pai esteja internado num determinado hospital XPTO. E tu, o que é que pensas fazer quando eu já não puder estar em casa?”
Depois de ouvir isto, saltou-me a tampa! Caramba, nunca conheci alguém que gostasse tanto de ser um fardo para os outros. Com que direito é que uma mãe faz uma pergunta destas a um filho? Agora o apoio da família mede-se em euros e mordomias?
Apesar de eu saber muito bem os pais que tenho (os melhores do mundo!), confirmo com esta gentinha medíocre, o seu enorme valor, porque os meus pais prefeririam morrer a que eu tivesse de penhorar o meu futuro por eles (o que até faria...).
. ...
. ...
. Da ZON
. Pois...
. Amazing
. A não perder
. Não caso
Todas as fotos tiradas da net, estão devidamente identificadas (desculpem, mas nem sempre consigo perceber quem é o respectivo fotógrafo).
Os textos que não forem da minha autoria, também serão devidamente identificados.